A Origem do Município de Candeias data de meados do Século XVI, a partir das terras conhecidas como Matoim, sesmaria importante naquele período, pois abrigava os Engenhos de Caboto e freguesia, oriundos das terras dos Engenhos Pitanga e da Freguesia de Nossa Senhora de Encarnação do Passé. A origem do nome Candeias vem da devoção á Virgem da Candelária ou Nossa Senhora das Candeias; a tradição oral consagrou, também, ao longo da história, outra explicação para o nome da cidade: a presença em abundancia da madeira de nome Candeia, que seria usada para fazer tochas pelos romeiros que, após chegarem pelo Rio São Paulinho, subiam o despenhadeiro rumo à Igreja Matriz.
Essas localidades deixaram uma marca significativa de uma época na qual predominava o Ciclo da Cana-de-Açúcar, etapa fundamental na formação da Bahia, principalmente do Recôncavo, determinante na estruturação ética e cultural da população local como também de suas características sócio-econômicas.
Nas proximidades do engenho freguesia, desenvolveu-se o lugarejo chamado Caboto, cujas atividades principais eram o transporte de açúcar para a capital, pequeno comércio e a pesca. Os engenhos freguesia e Caboto marcaram o florescimento da economia açucareira no recôncavo, funcionando em todo o período colonial, sendo inclusive considerado como exemplo na década de 1560.
É também no município de Candeias, precisamente no distrito de Passé que se encontra uma das maiores e mais antigas igrejas baianas, a igreja de Nossa Senhora da Encarnação do Passé, destacando-se por representar o elo de transição entre as capelas rurais dos dois primeiros séculos e as igrejas do final do século XVII, constituindo-se em importante peça arquitetônica.
Com a vitalidade da lavoura açucareira, aumentava o número de engenhos e de lugarejos nessas proximidades. A introdução da máquina a vapor possibilitou o aparecimento das usinas, o que colaborou com a transformação daquela realidade. Consequentemente, os Senhores de Engenhos, transformaram-se em menos fornecedores de cana-de-açúcar e, após essa etapa venderam ou abandonaram suas propriedades.
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Mariacecilia Carvalhomack
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